domingo, 2 de outubro de 2011

dia da poesia

Dia quatorze de março
Dia Nacional da poesia.
Presto minha homenagem
Com carinho neste dia,
A três bardos cearenses
Que nos deram alegria.

O céu está em festa
Vejam que constelação,
Com Patativa do Assaré,
E Gerardo Mello Mourão,
Juntos com Costa Matos
Versejando sobre o sertão.

Patativa muito encantou
Aquele que pode escutar
A cantiga da vaca estrela
Junto com o boi Fubá.
E com a “Triste Partida”,
Fez muita gente Chorar.

Nossa cultura popular
Deve muito a Patativa.
Sua alma de poeta
Era de sua terra cativa.
Mesmo com sua partida
Sua história é bem viva.

Cantou as amarguras
De um povo sofredor.
Cantou a beleza da rosa,
Cantou alegria e a dor.
Cantou a vida sofrida
Do pobre agricultor.

Costa Matos meu poeta,
Poeta de minha infância,
Seus poemas que eu li
Quando ainda era criança,
Num livro emprestado,
Ainda trago na lembrança.

Mais tarde eu recebi
Vindo de suas mãos,
Livros a mim ofertados,
E foi grande a emoção.
Pra ele fiz um poema,
Demonstrando gratidão.
O poeta fez de Ipueiras,
Um poema de amor.
Cantou a beleza da serra,
Cantou os ipês em flor,
Cantou os pirilampos,
Com borboletas brincou.

Poeta segue tua trilha,
Pois brilharás no além.
Aqui ficou a saudade,
Dos que lhe querem bem.
Nas alturas sei que os anjos,
Certamente dirão, amém.

Meu muito querido amigo,
Gerardo Mello Mourão,
Dele fui muito próxima
Segurei em sua mão
Cada palavra que ele dizia
Eu ouvia como oração.

Ainda hoje não esqueço
Minhas visitas ao seu lar.
Era ele quem mais falava,
E eu gostava de escutar.
E sua sala de visita
Chegava a me encantar.

Por mim ele foi recebido
Num evento cultural
Na cidade de Ipueiras,
Em nossa terra natal.
Sua alegria era tanta,
E a minha sem igual.

Tenho parte de seus livros,
Que ele mesmo me deu.
Adoro “Rastro de Apolo”,
E “O Bêbado de Deus”.
O livro “Invenção do Mar”
Perde quem nunca leu.

Gerardo se foi há dois anos,
Costa Matos partiu agora.
Março não foi camarada,
Mas era chegada a hora.
O centenário de Patativa,
Em março se comemora


A saudade eu sei é grande,
Mas na história ficará
Os feitos destes poetas,
Que gostavam de versejar,
E espalharam pelo mundo,
Um canto bem singular.

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